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Governo do Estado dá reajuste de 115% à Polícia Civil
18/10/2011 /
  

 


O governador Silval Barbosa (PMDB) sancionou, sem vetos, a tabela salarial aprovada pela Assembleia Legislativa que permite a reestruturação da carreira dos investigadores e escrivães da Polícia Civil, até dezembro de 2014.


A íntegra da tabela salarial pode ser conferida no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou na sexta-feira (14).


A partir de dezembro, o salário inicial da categoria vai ser R$ 2.460,17. Por outro lado, servidores com mais tempo de carreira poderão receber até R$ 4.755,63.


Além disso, se a inflação de 2011 a 2014 superar o índice de 6%, o Governo do Estado, automaticamente, vai conceder a reposição.


Atualmente, a Polícia Civil detém 1760 investigadores ativos e mais 120 perto de concluir a formação. O número de escrivães chega a 630.


Pela proposta formulada pelo Estado e aprovada por unanimidade pelos parlamentares, o aumento salarial está dividido em cinco anos e vai permitir, neste período, aumento de 115% para a categoria.


Em maio de 2012, já será concedido o segundo reajuste. O salário inicial vai saltar para R$ 2.706,19 e aqueles com mais tempo de carreira poderão receber até R$ 6.854,22.


Após reajustes que serão concedidos em maio dos anos de 2012 e 2013, o ciclo de aumento salarial se encerra em novembro de 2014. Na última etapa, o salário inicial atingirá R$ 3.900,90 e servidores com mais tempo de carreira receberão até R$ 11.079,83.


Ao Midianews, o presidente do Sindicato dos Agentes da Polícia Civil (Siagespoc), Clédison Gonçalves, aprovou o reajuste concedido pelo Estado à categoria.


"A Polícia Civil conseguiu um reajuste digno. O índice vai ultrapassar 100% em quatro anos. Em um momento de crise, evidenciada pela greve dos Correios e bancários que não conseguem avançar nas negociações, nós conseguimos resultado satisfatório", comentou.


O secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, afirmou que o cronograma será cumprido à risca. "É um compromisso que estamos firmando com os servidores e será cumprido. A proposta feita pelo Estado está dentro da capacidade financeira", afirmou.


Fim do impasse


A autorização do reajuste salarial põe fim à crise de relacionamento da Polícia Civil com a cúpula do Governo do Estado. Isso porque investigadores e escrivães deflagraram, neste ano, uma greve que durou dois meses, diante das reinvindicações por melhores salários.


A paralisação só chegou ao fim quando o governador Silval Barbosa endureceu o discurso e anunciou corte de salários e possibilidade de demissão geral, se não houvesse retorno ao trabalho em 24 horas.


O novo momento, agora, é comemorado pelo presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), que avaliou positivamente o reajuste salarial.


"A Polícia Civil precisava de uma atenção do Governo, pois era perceptível a defasagem salarial. Até porque, a carreira passou a exigir nível superior, mas os salários não tinham sido devidamente ajustados", disse o deputado.


O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Junior (PMDB), acredita que o impasse salarial do Estado com a Polícia Civil chegou ao fim.


"O conflito por conta disso está superado. O governador Silval Barbosa nunca fechou o diálogo com a categoria. Por isso mesmo, a negociação continuou, fluiu e o Governo cumpriu seu compromisso. Tenho certeza que os servidores da Polícia Civil estão satisfeitos", disse.

 
Autor: Midia News
 

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