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Silval anuncia corte de salário de policiais civis e convoca militares
02/09/2011 /
  

O governador Silval Barbosa (PMDB) endureceu o discurso contra investigadores e escrivães da Polícia Civil e determinou que a categoria retorne ao trabalho em 24 horas, sob pena de ter 100% dos salários cortados.

A medida integra um pacote administrativo, que visa manter a ordem pública, diante da greve que se arrasta há mais de 60 dias, e chegou ao auge com o anúncio da categoria de que nem mesmo o expediente de 30% dos servidores será cumprido.

Todas as armas da Polícia Civil deverão ser entregues e os veículos usados pelas delegacias serão recolhidos. Também foram convocados para trabalhar de imediato 349 policiais civis que estão em curso de formação. Um concurso público para preencher vagas da Polícia Civil também será realizado ainda neste ano.

Silval ainda autorizou a cúpula da Polícia Civil a instaurar Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra servidores em greve, o que pode culminar em demissão do serviço público.

Também foi anunciado que a Polícia Militar vai preencher a vaga aberta com os grevistas, como estratégia de auxiliar nos trabalhos da Polícia Civil. Diante disso, Silval assegurou que haverá efetivo suficiente para a PM cumprir duas funções.

"Faremos a jornada voluntária, ou seja, o policial militar, que trabalha 24 horas e tem descanso de 48 horas, vai ser convocado para trabalhar na folga e pagaremos um adicional por causa disso. Além disso, 1,2 mil formandos da Academia Militar poderão trabalhar para fortalecer a Segurança Pública", declarou.

Por último, Silval ainda fez um apelo à categoria: "Peço que investigadores e escrivães retornem ao trabalho. Se o Estado não tem condição de atender à reivindicação, tem que ter o entendimento de retornar ao trabalho, e não penalizar a sociedade. Não vamos permitir prejuízos na segurança pública".

Propostas cumpridas

O governador Silval Barbosa também afirmou que, se não houver retorno ao trabalho, em 24 horas, vai retirar todas as propostas feitas para a categoria até o momento. Ele alertou que o Estado não tem obrigação de conceder aumento salarial à categoria, diante de um acordo celebrado na última greve.

"Não tínhamos obrigação nenhuma de elevar o salário com essa categoria, neste ano. Em 2008, quando houve greve, foi feito um acordo por lei. Ali estabeleceu ganho de 25% em 2009 e 10% em 2010. O Estado já cumpriu o que a lei 344/2008 determinou", disse.

Conforme o chefe do Executivo, ainda haverá aumento salarial nos próximos anos. "Em 2011, teríamos que aumentar em 15%, o que já foi pago em maio. Em 2012, o salário inicial será de R$ 2,7 mil e 2014, de R$ 3,9 mil, com final de carreira abrigado em R$ 11,1 mil. O Estado não suporta mais do que isto", afirmou.

Todas as medidas administrativas foram encaminhadas ao Ministério Público Estadual (MPE), Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça (TJ/MT). Tudo foi acertado em uma reunião que durou mais de três horas no Palácio Paiaguás com o comandante-geral da Polícia Militar, Osmar Lino Farias, secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, secretário de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Lessa, diretor-geral da Polícia Civil, Paulo Vilela, e o secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda.

 
Autor: Midia News
 

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