Paralisados desde o dia 1º de julho, os investigadores realizaram, nessa quarta-feira (27), uma nova manifestação em frente da Secretaria de Administração (SAD-MT). Nesta quinta-feira (28), os profissionais, juntamente com os servidores da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema/MT), que também estão paralisados, os do Departamento de Trânsito do Estado (Detran) e as esposas dos policiais civis se reuniram em frente da Praça da República, em Cuiabá, para então realizarem uma passeata na cidade.
Além das manifestações, a classe tem tecido críticas ferrenhas à gestão do titular da Sesp-MT, Diógenes Curado. Segundo a presidente do Sindicato dos Escrivães da PJC-MT, Genima Evangelista, há seis meses a classe tenta contato com Curado, para que o mesmo possa ‘interceder’ junto ao governo estadual pela classe, mas até o momento os resultados não foram positivos. “Tivemos algumas reuniões com ele (Diógenes Curado), mas a resposta sempre é a mesma, de que ele não pode ajudar a Polícia Civil. O que temos percebido é que para o secretário a PJC não tem importância alguma”, desabafou.
Há 27 dias, as ações desenvolvidas pela Polícia Civil em Mato Grosso estão comprometidas devido à paralisação dos investigadores e escrivães. Entre os fatores mais prejudicados estão às investigações e registros de boletim de ocorrência, que deixaram de ser feitos. Somente em Cuiabá e Várzea Grande, cerca de 800 inquéritos estão parados na Delegacia Especializada de Homicídios (DHPP) à espera que os profissionais retomem os trabalhos.
ILEGALIDADE
Desde a última quinta-feira (21), o Tribunal de Justiça já havia determinado retorno das atividades, já que a greve foi classificada como ilegal e a multa diária estipulada foi de R$ 20 mil. Há ainda a expectativa de que nos próximos dias a Procuradoria Geral do Estado (PGE) aprove também o corte do ‘ponto’ dos servidores paralisados, porém o documento ainda não foi analisado. Mesmo com as duas punições, os agentes de segurança mantêm o movimento e ainda ameaçam parar 100% as atividades.