Cerca de 35 peritos criminais oficiais se reuniram nesta quarta-feira (15) com deputados estaduais para falar sobre o plano de carreira da categoria, que deve ser reavaliado após mais de seis anos de espera. Pela manhã, os profissionais foram atendidos pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Geraldo Riva (PP), por intermédio do deputado Luizinho Magalhães (PP), que os recebeu na última semana, quando os peritos fizeram uma primeira visita à Assembléia.  Depois, a reunião foi com o líder do governo na Casa, deputado Romoaldo Júnior (PMDB) e, no final da tarde, conversam ainda com o deputado Walter Rabelo (PP). 

O presidente do Sindicato dos Peritos Criminais de Mato Grosso (Sindpeco), Márcio Godoy, iniciou sua fala dizendo que a atuação de representantes políticos nesse sentido é importante para reforçar, junto ao governo, a necessidade de atualização salarial da categoria. “O deputado José Riva já atuou em outros momentos nesse aspecto, conhece a nossa realidade, e nós sabemos que alguns encaminhamentos podem nos auxiliar nessa luta”, disse Godoy. 

Riva afirmou que os profissionais devem apresentar um projeto de reestruturação aos secretários de Segurança e Administração, e se mostrou disposto a participar das discussões. “Os peritos criminais já tiveram várias conquistas importantes e eu acredito que vocês merecem o reconhecimento pelo trabalhão que desenvolvem. Vamos sentar com o secretário de administração e começar a fazer essa discussão”. O deputado afirmou ainda que a união das categorias é importante nesse momento, pois o processo de negociação deve ser longo.

Durante a reunião com o deputado Romoaldo Júnior, os peritos falaram sobre o trabalho pericial. Segundo Godoy, o líder do governo foi muito receptivo, quis saber da estrutura da perícia em Mato Grosso e se colocou a disposição para levar as reivindicações da categoria aos secretários de Administração, Casa Civil e ao governo. 

O aumento de peritos para atender a demanda atual na capital e no interior também foi apontado pelos profissionais como uma necessidade. Mesmo com a nomeação recente de 65 peritos, o quadro de profissionais hoje ainda está muito abaixo do que é indicado pela Associação Brasileira de Criminalística. 

Os peritos também estudam propostas de melhorias para a estrutura física do espaço de trabalho. “Nós precisamos melhorar os salários, mas também a estrutura local para que possamos desenvolver trabalhos cada vez melhores”, afirmou Godoy durante reunião com os peritos, ainda na Assembléia.