Por meio do Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (Sindpeco), os 145 peritos criminais do estado recorreram à Assembleia Legislativa para garantir apoio as suas reivindicações. Eles defendem um realinhamento salarial de acordo com a carreira de delegados. “Queremos o mesmo tratamento dado a delegados”, explicou o presidente do sindicato, Márcio Godoy, durante reunião com o presidente da AL, deputado José Riva (PP), nesta quarta-feira (15).

A categoria também pediu apoio na implantação de adicional pelo trabalho insalubre que realizam. Para isso, chegaram a contratar um engenheiro para fazer o levantamento das atividades diárias e definir o adicional. “Precisamos discutir essa questão com o governo e o presidente Riva é importante nesse debate”. Será agendada uma nova reunião com o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, para dar continuidade às discussões.

Godoy citou que a maioria dos estados já adota a política salarial nivelada com a de delegados, entre eles, Minas Gerais, Rondônia, São Paulo, Santa Catarina e Bahia. Outra reivindicação se refere à realização de concurso público, uma vez que, para atender demanda de Mato Grosso são necessários mais 150 peritos criminais. Estudos feitos pela Associação Brasileira de Criminalística apontam a necessidade de um profissional para cada cinco mil habitantes.

O presidente Riva defende uma política salarial que abranja, de maneira uniforme, todas as questões relativas ao trabalho desenvolvido, inclusive, a insalubridade da atividade exercida e aumento do número de profissionais para que todas as regiões sejam contempladas. “Vamos discutir com o governo essas questões. Não podemos ficar restritos somente na política salarial”, disse Riva.

Godoy também reconheceu o trabalho do parlamentar, que desde 2001 foi fundamental para obter os avanços já conquistados, como a realização do concurso público, quando 65 peritos foram chamados e a implantação do PCCS.