Peritos de vários estados do Brasil reuniram-se, na manhã desta segunda-feira (06), num hotel no bairro da Ponta Verde, para discutir a nomeação do coronel Roberto Liberato para o cargo de perito-geral. A assembleia nacional foi convocada pelo Conselho da Associação Brasileira de Criminalística, que repudiu a indicação de um oficial PM para ocupar o cargo que, por lei, deveria ser ocupado por um profissional de carreira da área da perícia criminal. O Conselho quer que o Ministério Público Estadual ingresse com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

“Alagoas é o único estado brasileiro cuja perícia oficial é comandada por uma pessoa que não é da área e não podemos aceitar esse tipo de coisa de braços cruzados. Conseguimos agendar uma reunião com representantes do Ministério Púbico e vamos pedir para que seja ofertada uma ação civil pública por ato de improbilidade contra o governador. Ele está descumprindo uma lei que deixa claro que o cargo tem que ser ocupado por um profissioanal do quadro”, disparou Iremar Paulino da Silva, presidente da Associação Brasileira de Criminalística.

“Nós não concordamos com a nomeação do coronel Liberato. Ela aconteceu de uma forma arbitrária e até o Conselho de Segurança Pública do Estado de Alagoas já se posicionou de forma contrária a indicação. À tarde vamos nos reunir com o Conselho e pedir para que os seus membros possam interferir nessa situação”, disse ele.

Peritos cobram exoneração de diretora do IC

Os peritos também cobram a exoneração de Rosana Coutinho, atual diretora do Instituto de Criminalística (IC). Ela entregou uma carta pedindo demissão do cargo e, até agora, o governador ainda não publicou o seu desligamento da função. “Será que vamos ter que recorrer a Justiça para que ela possa deixar o cargo?” indagou Iremar Paulino.