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Peritos criminais querem equiparar salário ao de delegados
08/06/2011 /
  

Insalubridade, periculosidade, penosidade e grau de responsabilidade. Esses são alguns dos principais motivos pelos quais os peritos criminais de Mato Grosso defendem a equiparação dos salários com outros profissionais da segurança, como oficiais da Polícia Militar e delegados. De acordo com o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais de Mato Grosso (Sindpeco), Márcio Godoy, isso é praticado na maioria dos estados do país e também entre peritos e delegados da Polícia Federal.

Em 2005, a categoria se reuniu com o governo para elaborar a tabela salarial, que ficou bem abaixo do que os peritos defendiam. No entanto, por entenderem que naquele momento não seria possível elevar os números, profissionais e governo se comprometeram a rediscutir a tabela em outro momento.

Após seis anos, os peritos acreditam que chegou o momento de sanar as distorções de todos esses anos e reivindicam a readequação da tabela de salários da categoria. “Tal como delegados e oficiais, os peritos têm um grande nível de responsabilidade em seu ofício, devido a natureza e a complexidade da atividade pericial”, afirma Godoy.

O trabalho do perito – O quadro de peritos é composto por profissionais de nível superior, formados em diversas áreas do conhecimento técnico e científico, como biologia, engenharia, medicina, ciências contábeis, odontologia, química, informática, farmácia, bioquímica, entre outras. É a área com a maior quantidade de especialistas com pós-graduação, mestrado e doutorado dentro da segurança pública, o que é fundamental para o esclarecimento dos delitos.

Uma das atividades dos peritos criminais no estado, nos últimos anos, também tem sido recuperar recursos por evasão de impostos, gerado pelo furto de energia elétrica. “O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de energia elétrica representa uma parcela importante na receita do governo e o trabalho da perícia tem tido um bom resultado na recuperação desse imposto”.

Cerca de 7,9% da energia do estado é utilizada de maneira irregular, por meio de fraudes ou furtos.

Outra área de crescente atuação dos peritos está relacionada à investigação de crimes cometidos pela internet. “Os especialistas em informática conseguem identificar possíveis práticas ilegais, como pedofilia, caixa dois, falsificação de documentos, entre outros”, afirmou o presidente do Sindpeco.

 
Autor: Luana Soutos - Assessora de Imprensa
 

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