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Peritos de Mato Grosso contribuem com a Perícia Criminal nacional e ganham prêmio em São Paulo

Os peritos oficiais criminais Emivan Batista de Oliveira e Alfredo Jorge apresentaram resultados de trabalhos no X Seminário Nacional de Balística Forense, realizado entre os dias 12 e 15/10, em Santos, São Paulo. No mesmo espaço, de maneira simultânea, peritos de todas as regiões do país também discutiam as questões relacionadas ao trabalho forense no IX Seminário Nacional de Perícia de Crimes Contra e Vida e VII Seminário Nacional de Perícia de Revelação de Impressões Papilares.

Os trabalhos, inéditos no cenário nacional, renderam, além de contribuições importantes para a área, até um prêmio de melhor Pôster Científico para Mato Grosso.

Retirando recursos do próprio bolso, sem nenhum incentivo do governo, os profissionais ajudaram a promover Mato Grosso no cenário nacional. Embora ressaltem que a diretoria da Politec se mostrou receptiva com relação à ideia, o auxílio aos peritos foi prejudicado pelo Decreto 675, publicado em agosto de 2016, que “estabelece medidas de redução e de controle das despesas de custeio e de pessoal no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta e dá outras providências”.

“Os custos com hotel, passagens e alimentação nos quatro dias do evento chega perto de R$ 2 mil. A única entidade que nos ajudou com algum custo foi o Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (Sindpeco/MT)”, explica Alfredo Jorge, que levou o prêmio de melhor Pôster Científico apresentado. Seu trabalho, inédito no país, demonstrou um equipamento desenvolvido, também com recursos do próprio bolso, que auxilia na identificação da arma de onde partiu o disparo: o Reversor de Camisa de Projétil.

Nos confrontos de balística, o procedimento de reversão do revestimento deformado no impacto com o corpo proporciona a ampliação do campo de análise da perícia, porque são as primeiras deformações, causadas pelo cano da arma de fogo, que indicam de qual arma o projétil partiu.

Com a utilização do equipamento, é possível recuperar praticamente toda a forma da camisa, identificando assim, com maior precisão, agilidade e qualidade, o tipo de arma de fogo e o calibre.

O Pôster Científico apresentado pelo perito Emivan Batista de Oliveira, também inédito, retratou uma experiência vivida no estado, e ocorrência crescente para a Perícia no Brasil, que é a coleta de projétil calibre .50 BMG.

Devido a sua potência, esse projétil é utilizado para explodir veículos e aviões. “Ele tem muita energia. É utilizado por bateria de defesa antiaérea, metralhadora de avião. Quanto ele atinge, explode e destrói o veículo. Então, estudar esse projetil é uma tarefa bem desafiadora”, disse Oliveira.

E esse foi um desafio que os peritos oficiais do estado tiveram de trabalhar no início de 2015, quando um grupo utilizou esse tipo de arma para tentar assaltar um carro forte na BR-158, entre Nova Xavantina e Barra do Garças. Os assaltantes chegaram a explodir o veículo, mas não havia dinheiro.

Para o presidente do Sindpeco/MT, Alisson Trindade, que conseguiu garantir as inscrições dos peritos no Seminário, o incentivo do governo do estado às atividades científicas da Perícia Criminal é imprescindível. “O desenvolvimento de pesquisas é inerente ao trabalho dos peritos. Nós temos profissionais de excelência e estamos contribuindo nacionalmente para a melhoria da nossa profissão, na prestação de serviços para a sociedade a partir da identificação de crimes, que é também um direito da população. Mas retirando recursos do próprio bolso é muito difícil conseguir avançar. Nós precisamos de incentivos nesse sentido”, afirmou o perito.

Autor: Assessoria de Imprensa do Sindpeco/MT
Data: 24/10/2016