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Com medo de redução do orçamento e sem reajuste salarial, peritos paralisam atividades

Em protesto contra a redução do orçamento da Segurança Pública e pela possibilidade desta afetar as negociações sobre o reajuste salarial e piorar as condições de trabalho, aproximadamente 140 peritos criminais de Mato Grosso paralisaram nessa quarta-feira (4), dia Nacional do Perito Criminal.

A manifestação aconteceu em frente à sede da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec), no bairro Carumbé, em Cuiabá.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais do Estado (Sindpeco/MT), Márcio Godoy, a manifestação é reflexo da assembleia geral realizada na última sexta-feira (29) em que se se definiu por um protesto pacífico para dar visibilidade as reivindicações da categoria.

“Reivindicamos melhoria de trabalho, equipamentos, implemento do adicional de insalubridade e estamos preocupados também com o orçamento de 2014”, afirma.

Com medo de redução do orçamento e sem reajuste salarial, peritos paralisam atividades.

O orçamento neste ano foi de R$ 5 milhões e a previsão é de que para 2014, esse valor reduza pela metade, segundo Godoy. “Nos preocupa essa situação. Já estamos em condições difíceis de trabalhar. Imagina com essa redução”, aponta.

Com a diminuição dos recursos, a categoria se mostra preocupada com as novas contratações pleiteadas. Pelo menos, 600 profissionais seriam necessários para atuar nas áreas criminais como acidentes e homicídios com eficiência.

Além disso, o pouco recurso prejudicaria as negociações entre a categoria e o Governo no que tange um realinhamento na tabela dos provimentos.

“Nós discutimos já tem um tempo. Ano passado ficou de acertar essa reivindicação (reajuste), mas não foi nada decidido. Ficou de que seriamos a primeira categoria a discutir neste ano, mas não ocorreu. Estamos desde o inicio do ano nessa conversa. Não houve nada de concreto”, garante.

CONDIÇÃO DE TRABALHO

Atualmente, os peritos trabalham 44 horas semanais e recebem salario inicial de R$ 7,6 mil. Contudo, Godoy não soube informar exatamente a porcentagem de reajuste pleiteada, já que segundo ele, fatores como tempo de serviço e nível de instrução, por exemplo, deveriam ser considerados.

“Estamos extrapolando essa carga horária. Não estamos recebendo hora extra. Hoje o perito criminal é motorista. Temos que fazer o levantamento sozinho no local do crime e ainda produzir o laudo. A complexidade e natureza do nosso trabalho é grande. Queremos que o governo atenda a categoria.”, explica.

Durante a mobilização de hoje serão mantidos os atendimentos a acidentes e crimes contra a vida e a categoria já avalia uma possibilidade de greve.

“Depois da paralisação, vamos avaliar, discutir em assembleia e pode ser que façamos greve”, finaliza. 

Autor: Hiper Notícias
Data: 04/12/2013