Com previsão de pouco mais de R$ 1 bilhão para o orçamento de 2013 a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) deve anunciar nos próximos meses mais um concurso para todos os setores da pasta – Policia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Politec.
Alexandre Bustamente, atual secretário da pasta, explica que a conversa inicial com o governador Silva Barbosa é garantir 1,2 mil vagas para o setor. “Se perguntar quanto eu quero, quero cinco mil. Mas estou tentando dobrar o número de vagas (para 2,5 mil) e se isso acontecer eu sou um homem feliz, vai ser o mesmo que ganhar na loteria”, brinca Bustamante.
O edital do concurso está previsto para ser lançado em julho deste ano, e como certame na segurança pública envolve capacitação, o resultado e nomeação, pode durar 12 meses a espera dos aprovados para assumirem os cargos.E o planejamento é transferir os policiais do interior, com mais experiência, para a Região Metropolitana de Cuiabá. A previsão é que todo o efeito esteja pronto para assumir, depois de um ano de curso preparatório.
Os novos policiais vai amenizar a situação do efeito de policiais militares distribuídos nas cidades. Bustamente ainda não sabe quantas vagas devem abrir para a PM, mas reconhece que a pressão por policiais no interior é muito grande.
“Todo o prefeito que vem, todo GGI (Gabinete de Gestão Integrado) que participo, quer policial e eu não tenho como tirar, policial não dá em árvore. Hoje, existem sete mil policiais para os 141 municípios de Mato Grosso.”
FALTA DE RECURSOS
Muitos secretários vivem com o pires na mão em busca de mais verba, e não seria diferente para a Segurança Pública. Em entrevista ao HiperNotícias, o atual secretário que trabalhou junto com o antecessor, o delegado da Polícia Federal, Diógenes Curado, disse que sua atuação na frente da pasta vai ser, majoritariamente, operacional - “a ponta deve ter prioridade em cima do meio”.
Ele quer valorizar os policiais de rua. O efetivo atual das forças se aproxima de quase 10 mil entre Polícia Militar, Policia Civil, Corpo de Bombeiros e Policia Técnico-Científica (Politec).
Bustamante participou da transição do governo de Blairo Maggi e está nos quatro anos de atuação de Silval Barbosa. Afirma que nesta gestão a diferença é o nível de integração de todas as áreas da segurança pública.
GREVE NO JUDICIÁRIO
No dia 5 de abril deste ano, os agentes penitenciários deflagraram greve por tempo indeterminado.
A pasta que responde pela categoria,a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejud), foi desmembrada no início da gestão de Silval Barbosa e sofre com a paralisação dos servidores.
Entre as exigências da categoria para voltar ao trabalho, é a convocação emergencial dos 450 classificados, o governo fala em chamar 350.
Atualmente, existem 2.230 mil servidores no sistema penitenciário de Mato Grosso para atender 65 unidades.
O presidente do sindicato da categoria, João Batista Pereira informou á reportagem que os primeiros resultados na greve já são sentidos por dois incidentes.
O primeiro ocorreu nesta quarta na cadeia feminina de Rondonópolis em que as detentas fizeram um motim. O outro episódio foi a depredação da cadeia por parte dos presidiários em Mirassol D’Oeste.
João Batista disse que há 10 itens na pauta de reivindicação e que até o momento o governo não abriu diálogo.