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Último reajuste ocorreu há 8 anos

Falta de pagamento das horas extras e adicional de insalubridade, além de um reajuste salarial que não acontece há cerca de 8 anos, são algumas das principais reclamações dos peritos criminais em Mato Grosso. Para o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de Mato Grosso (Sindpeco/MT), Márcio Corrêa Godoy, isso só mostra a desvalorização que os profissionais vêm sofrendo nos últimos anos.

“O Estado desconhece a importância do trabalho pericial. Nós somos submetidos a estar presentes em cenas de crime que oferecem riscos à nossa vida e saúde, tanto durante o dia quanto à noite. E só nos pagam 20 dias de adicional noturno, dos 30 que trabalhamos”.

Godoy explica que mesmo quando não estão na escala de serviço, os peritos acabam de uma forma ou de outra de plantão. Segundo ele, já foi feito um levantamento das condições de trabalho dos peritos e constatada a insalubridade a que são expostos. Porém, desde 2011 o subsídio não é repassado aos profissionais.

O salário inicial de um perito criminal em Mato Grosso gira em torno de R$ 7,2 mil. A média nacional varia entre R$ 9 mil a R$ 10 mil. O Distrito Federal tem um dos maiores salários, chegando a quase R$ 14 mil.

O trabalho pericial é dividido em sessões específicas para cada área criminal. A sessão que analisa documentos e grafismo é uma das que têm o menor de número de peritos. Em todo Estado, apenas 4 profissionais atendem a essas demandas. A carência é enorme também na sessão de perícia contábil, em que não há nenhum profissional.

“Quando há um crime financeiro ou na área fazendária é nomeado um profissional da área, pois não temos um perito. Um contador, por exemplo, elabora o laudo. Caso ele seja contestado, é derrubado automaticamente, isso porque em casos de contestação, só o laudo de um perito continua tendo validade”.  

Autor: Bruna Pinheiro / A Gazeta
Data: 12/03/2013