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Número de peritos criminais continua insuficiente em Mato Grosso

A falta de peritos criminais voltou a ser pauta da imprensa de diversas regiões do país. Isso porque, apesar de todas as manifestações da categoria a respeito da insuficiência de profissionais durante o ano de 2012, os governos ainda não tomaram providências para realização de concursos para peritos e os laudos continuam atrasando por falta de efetivo. A situação não é diferente em Mato Grosso.

No início do ano passado, foi divulgado pela imprensa que o déficit de peritos criminais em Mato Grosso chegou a 328%, sobrecarregando o trabalho dos profissionais e gerando acúmulo de laudos à espera de conclusão. De acordo com o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de Mato Grosso (Sindpeco/MT), Márcio Godoy, essa situação tende a se agravar com o passar do tempo, porque a população aumenta e, com ela, a demanda por laudos.

Sem os laudos periciais, alguns casos não conseguem ser concluídos judicialmente, porque é o laudo técnico, baseado em estudos em laboratório, que norteiam as decisões dos juízes.

Devido a falta de profissionais, os peritos têm que fazer muitas horas extras para tentar dar conta de todo o trabalho, mas nem sempre todos os casos conseguem ser atendidos. A Associação Brasileira de Criminalística determina que o ideal seria ter a média de 1 perito para cada 5 mil habitantes, mas em Mato Grosso, no início do ano passado, o número de profissionais correspondia a 1 para cada 21.679 habitantes.

Também, pelo número de horas extras, periculosidade e falta de estrutura nos locais de trabalho, muitos peritos acabam desistindo da profissão e optam por trabalhar em outras áreas.

"Na cidade de Agua Boa, temos apenas um perito para atender o município e toda região. Ele trabalha 30 dias por mês, não tem feriado, final de semana. Além disso, ele não tem servidor da atividade meio para dar apoio como motorista, uma secretaria, ele faz tudo sozinho. A situação é caótica e até agora não foi apresentado uma solução para esse caso. Por isso, nós esperamos que o Governo do Estado realize um novo concurso público o mais rápido possível e nomeie mais peritos, como sinalizaram no ano passado, para que a demanda consiga ser atendida sem problemas. Nosso trabalho tem sido nesse sentido”, disse Godoy.

Além desta questão, os peritos cobram da Administração Estadual atenção para outros pontos de pauta, como readequação do piso salarial e do Plano de Cargos e Carreira da categoria, que não avançou como reivindicaram os profissionais nas últimas conversas, levando a uma defasagem de cerca de 8 anos.

Autor: Assessoria de Imprensa do SINDPECO
Data: 11/03/2013