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Inquérito volta para conclusão de laudo técnico

O Ministério Público devolveu o inquérito que apura a morte da jovem Juliene Anunciação Gonçalves, 20, para a Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) para finalização e inclusão dos laudos periciais.Até o momento, foram concluídos os laudos de necropsia e o toxicológico. O laboratório forense garante que na sexta-feira (13) entregará o laudo biológico responsável por identificar se vítima foi violentada sexualmente e a existência de material genético para confronto com materiais coletados do acusado Antônio Rodrigues Silva dos Santos. Juliene foi assassinada em 28 de maio e teve o corpo nu pendurado pela calça jeans que usava no corrimão da arquibancada no Miniestádio do Botafogo, localizado CPA 2, em Cuiabá. A delegada Anaíde de Barros afirma que ainda não teve acesso ao exame toxicológico e explica que depende do último laudo para solicitar novas diligências, como coleta de material genético do suspeito. Do corpo de Juliene, foram retiradas mostras de sangue, de secreção vaginal e de resíduos encontrados embaixo das unhas. “Caso o laboratório identifique algum tipo de material, seja sêmem, seja pele embaixo das unhas, vamos coletar mostras do acusado para fazer o confronto genético”. Diante da demora da Perícia Técnica do Estado em concluir os laudos, o principal suspeito do crime, preso em flagrante, foi colocado em liberdade no dia 27 de junho. Pelas mesmas razões, o Ministério Público não ofereceu denúncia contra Antônio.No entendimento da juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, da 12º Vara Criminal, manter o acusado preso, sem provas técnicas e com base somente em indícios, representava constrangimento ilegal, por excesso de prazo, por isso determinou a soltura. A situação abalou a família da jovem assassinada e na mesma semana parentes e amigos protestaram contra a liberdade do acusado. “Se não foi ele, que investiguem então para descobrir quem foi”, pediu a mãe de Juliene, Marlene Anunciação, na manifestação.

Necropsia - O primeiro laudo a ficar pronto confirmou a morte da vítima por estrangulamento e apontou ainda ferimentos distintos: um referente ao enforcamento e outro relacionado ao fato do corpo ser pendurado com a calça jeans, o que pode ter ocorrido na tentativa do assassino tentar simular um suicídio. Juliene saiu de casa para ir a um pagode, onde encontrou um primo e o amigo Antônio. O rapaz deu carona a ví-tima e foi a última pessoa vista com a jovem. O celular dela foi encontrado dentro do carro do acusado, mas ele nega a autoria. A delegada afirma existir contradições no depoimento dele e muitos indícios da sua participação. A falta de laudos periciais resultou na soltura do principal suspeito do crime.

Link da matéria / Fonte: http://www.gazetadigital.com.br/pdf/m07a12/g1105c-b.pdf

Autor: A Gazeta
Data: 11/07/2012