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Aperfeiçoamento da Perícia interessa a toda sociedade

Metodologias, os melhores equipamentos para coleta de material para análise laboratorial, quantidade de material genético indicado para determinados exames. Vendo assim, a grande maioria das pessoas pode pensar que essa discussão não tem absolutamente nada a ver com a sua vida, mas estão enganadas. Esse debate é fundamental para aperfeiçoar as técnicas científicas que mais tarde podem determinar quem é o culpado por algum crime, quem está errado em algum acidente com vítima, entre outras coisas.

São esses assuntos que os peritos do estado, entre colegas de outras regiões e estudantes, discutem desde ontem, quarta-feira (09), no IV Seminário de DNA e Laboratório Forense, em Cuiabá. O evento vai até sexta-feira, 11 de maio. 

“Embora as pessoas que não trabalham na área não tenham interesse pelos temas discutidos, mesmo porque a linguagem utilizada é bastante técnica, seria difícil a compreensão para aqueles que não estão habituados, é importante que todos saibam que essas discussões tratam de questões relacionadas a descobertas de crimes, e vão influenciar diretamente em decisões judiciais. Elas vão determinar tanto quem vai ou não para a cadeia, quanto se uma empresa vai pagar indenização para um consumidor que encontrou, por exemplo, um inseto na comida”, esclarece o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado, Márcio Godoy. 

Um dos temas abordados neste segundo dia do evento foi a violência sexual. A exposição do mestre Gustavo Lucena Kortmann, do Rio Grande do Sul, girou em torno das técnicas de identificação do agressor sexual por meio do esperma. Mas, entre outras coisas, Kortmann apresentou uma pesquisa realizada em seu estado, que demonstra, por exemplo, que o maior grupo de riscos de abuso são meninas entre 05 e 12 anos. Em segundo lugar, no Rio Grande do Sul, estariam as meninas de 0 a 04 anos. 

O perito salientou que são vários os fatores - emocionais, físicos, pessoais - que orientam as ações de mulheres violentadas. Se lavar ou esperar alguns dias para denunciar o abuso são reações comuns, devido a delicadeza do caso. No entanto, são ações que podem influenciar no resultado da pesquisa. 

Nesta quarta, também se apresentaram Janyra Oliveira Costa e Regina do Carmo Pestana de Oliveira Branco com as mesasLaboratório de Entomologia Forense - Rotina e pesquisa e Análises de Amostras Forenses por Espectroscopia Raman, respectivamente e Vanduir Soares de Araújo Filho, falou sobre Exames de paternidade forense: fazer ou não fazer a análise matemática dos resultados de exclusão? A tarde, as palestras foram ministradas por Marcos Passagli (Análise Toxicológica Sistemática), Leonor Gusmão (Relevância dos Marcadores dos cromossomos sexuais em identificação genética),  Luciellen d'Avla Giacomel Kobachuk (Estudo de frequência alélica de dez lócus STRs do cromossomo X na população do Estado do Paraná e sua contribuição na identificação humana), Samuel T. G. Ferreira (DNA e identificação de vítimas de desastre) e Juliana Corrêa da Silva Aigner de Souza (Do Luminol ao DNA: Consolidação de um Protocolo Abrangente a partir de Resultados Efetivos em Suposto Homicídio). 

Posse da Nova Diretoria – A nova diretoria do Sindicato dos Peritos Criminais de Mato Grosso, eleita no final de março, aproveita o momento de confraternização da categoria para fazer sua cerimônia oficial de posse.

Autor: Assessoria de Imprensa
Data: 14/05/2012